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Publicado em 15 de julho de 2020

Qual é a orientação para fratura de femur?

A fratura do fêmur proximal, tanto do colo do fêmur como da região transtrocanteriana, acomete mais o paciente o idoso. Acontece devido a maior tendência a acidentes doméstico nesta fase de vida: como quedas de própria altura, diminuição da acuidade visual, diminuição de força muscular e reflexos (reação de defesa), pressão arterial lábil, doenças neurológicas, e a facilidade de fraturas pela presença de osteoporose, dentre outras causas. Nos pacientes jovens a principal causa está relacionada a traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos e ou moto ciclísticos dentre outras. 

O envelhecimento representa a passagem do tempo, não a doença, sendo um processo individual, natural e fisiológico. Definir envelhecimento como idade cronológica acima de 60 anos ou mais não é preciso, a própria Organização Mundial de saúde (OMS) reconhece que, qualquer que seja o limite mínimo adotado é importante considerar que as alterações que acompanham o envelhecimento variam de acordo com as condições de saúde, nível de participação na sociedade e nível de independência em diferentes contextos.

Os dois pontos básicos de atuação do leigo nesta entidade: fratura do fêmur proximal no idoso (fraturas transtrocantéricas e de colo femoral) são:

  1. Prevenção de Quedas
  2. Consciência do atendimento e tratamento ortopédico precoce

A queda é provocada por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano. Considerando-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou assentos (cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica e vaso sanitário).

Prevenir quedas a longo prazo significa a rigor fazer profilaxia de doenças clinicas crônicas priorizando hábitos de vida saudável baseados em boa alimentação e atividades físicas de rotina.

Com relação aos fatores ambientais e organizacionais causadores de queda no domicílio, podem ser citados: pisos desnivelados, objetos largados no chão, presença de animais, calçados sem solados antiderrapantes e altura inadequada da cadeira e sem apoio para auxílio ao levantar e sentar.

Assim intervenções são necessárias na avaliação do risco de queda no domicílio como agendamento dos cuidados de higiene pessoal, revisão periódica da medicação, atenção aos calçados utilizados, atenção a incursões noturnas ao levantar da cama para ir ao banheiro ou cozinha  e educação dos pacientes e familiares.

Esgotados esforços de prevenção e mesmo assim deparando-se com o acidente doméstico com o idoso, uma avaliação médica ortopédica precoce é essencial para um diagnóstico e tratamento adequado.

A confirmação da queda, identificação clínica de dor em quadril ou pelve associada à impotência e eventuais deformidades ou encurtamentos do membro acometido, indicam encaminhamento imediato para atendimento de emergência ortopédico com acionamento de atendimento domiciliar para remoção do indivíduo de preferência em ambulância.

O idoso que cai e não consegue andar ou claudica (manca) referindo dor na virilha ou na coxa, deve ser avaliado por um ortopedista. Fraturas incompletas ou pouco desviadas podem permitir a deambulação dando a falsa impressão de não ter tido consequências mais serias. Continuar andando pode completar e/ou desviar a fratura implicando em maior gravidade na lesão e ou tratamentos mais complexos e com maior risco.

No contexto do diagnóstico e tratamento precoce pretende-se atingir o objetivo na abordagem médica destas fraturas que são:

  •  Cirurgia precoce, que inclui a fixação da fratura ou a substituição da articulação por uma prótese de quadril, dependendo da fratura.
  •  Fisioterapia e posição sentada o mais breve possível, a fim de trazer o idoso ao seu ambiente e rotina, evitando assim outras comorbidades como depressão, infecções oportunistas como urinaria e pneumonia, que são na maioria das vezes causa de complicações associadas a estas fraturas.
  •  Retorno ao convívio social

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