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Publicado em 28 de janeiro de 2021

Associados da SBQ foram voluntários para os testes das vacinas contra COVID

Vários cirurgiões de quadril associados da SBQ se ofereceram como voluntários para os testes das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, que foram necessários para avaliar a eficácia dos produtos e cujo resultado teve que ser apresentado à ANVISA para a liberação do uso emergencial dos imunizantes. 

A oferta dos associados não surpreende, diz o presidente da SBQ, Giancarlo Polesello, pois o espírito cidadão dos cirurgiões de quadril é conhecido e tem sido demonstrado durante a pandemia. Ele cita a campanha de doação de alimentos a instituições sociais que passaram dificuldade por causa da pandemia, o trabalho de associados do Rio Grande do Sul que foram voluntários em instituições que cuidavam de pacientes do coronavírus e até a direção de um hospital exclusivo para esses pacientes, no Nordeste, cuja coordenação foi assumida por um associado.

O próprio presidente da SBQ foi um dos primeiros voluntários e, entre outros, também participaram dos testes Carlos Cesar Vassalo e Marcelo Queiroz, além de Rafael Baroni, que terminou o R4.

Os testes começaram em setembro, foram todos do tipo duplo cego randomizado e com duas doses. Os participantes receberam a vacina ou placebo mas nem eles nem o pessoal de apoio que fazia as coletas periódicas de sangue dos voluntários sabia quem recebera o imunizante e quem fora inoculado com o placebo.

Só em fins de janeiro cada voluntário foi informado sobre o que recebera, para que então ou tomasse a vacina, já que os voluntários integram os grupos prioritários, ou para que recebessem a carteira confirmando a imunização. Marcelo Queiroz, por exemplo, recebeu o placebo, mas o presidente da SBQ, Polesello, soube quando o estudo foi aberto, que tinha recebido a vacina. 

Os participantes informam que os testes foram muito bem programados, Marcelo Queiroz diz que foi até cansativo preencher todos os cadastros e questionários sobre o que estava sentindo, eventuais efeitos colaterais, que por sinal não houve, já CarlosVassalo lembra que foi preciso fazer seis visitas de retorno para coleta de sangue para sorologia.

Foi necessário também assinar termos de consentimento, registrar qualquer febre, náusea, vômito, irritação no local da injeção e a primeira dose foi aplicada no braço direito em todos os voluntários e a segunda no esquerdo.

Nenhum dos voluntários se arrependeu. Pelo contrário, diz um deles, sentiu certo orgulho de ter participado de um teste vital para que o Brasil pudesse começar a usar a principal arma para mitigar o imenso desastre que afeta todo o planeta.


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